Em cada despertar, o teu rosto,
Um acordar preguiçoso, o sol quente.
No sono ainda, um sonho apagado,
Uma realidade quente que amorna,
Novamente tu, o meu dia.
Sempre tu, mesmo de noite.
Bom dia! Desejo-te de olhos esfregados.
Espreguiço-me. Aumento-me para te alcançar.
Tento abraçar-te logo de manhã,
Mas nunca consigo.
Amanhã tento outra vez...
Lá fora, já há vida.
Há os pássaros e o vento.
Há as montanhas escondidas.
Há o horizonte já feito atrás disso tudo.
Devo seguir-los.
Está na hora de me levantar e seguir-los
Eles saberão guiar-me até ti.
Deixa que a natureza que indique esse caminho.
Sei que me chamas, mas não sei donde.
Perdoa-me se te confundo com o cantar das aves e dos rios
E com o soprar do vento que trás o teu aroma até mim.
Perdoa-me se te vejo nas silhuetas brancas das nuvens.
E os olhos radiantes que fazem sombra às árvores.
Perdoa-me por não te distinguir no meio desta imensidão natural.
Esperando a tua compaixão,
Vou levantar-me e seguir caminho,
Até ti, até ao Sol, até à Lua, até onde estiveres e onde fores.
Até onde és, até quando existes!
Para sempre.
Acordarei para ti.