Deito fora o que me lembra de ti? Tu já foste, mas os pensamentos ficaram. Corto a cabeça? Seria uma solução, de certo. No entanto não estaria suficientemente vivo para sentir o alívio de não pensar em ti. E eu quero sentir-te leve em mim, já nem sequer exijo a tua total ausência. Mesmo assim, mesmo baixando os padrões de aceitação de ti, não consigo, não dá. Porque insistes em corroer-me os sonhos de momentos de paz que tanto almejo? Deixa-me ficar, deixa-me ser eu sem ti de uma vez por todas. Deixa-me ser sozinho outra vez, estou demasiadamente acompanhado por ti. Preciso de espaço e de tempo eterno longe de ti. Mais do que isso, preciso de uma amnésia selectiva que me faça esquecer-te, somente a ti. Não aguento mais isto, mas também não morro por isto. Estou condenado a sofrer até que desapareças, nem a morte me safará deste limbo teimoso que teima em manter-me convictamente preso a ti pelos pesados grilhões da saudade e da recordação...
sexta-feira, maio 10, 2013
Revisited #1
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
-
Já te disse isto hoje? E ontem, contei-te? Perco-me na minha própria repetibilidade sistemática, onde procuro arranjar maneira de te contar ...
-
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
-
Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pe...