Não te vou mentir, sempre fui sincero contigo. Sinto a tua falta, não vale a pena enganar-me. Não a sinto como a senti no passado, mas ela permanecesse cá, sob a forma de um vazio inquietante e incompreendido. Quando penso em ti, desapareces-me como eu desapareci para ti. Depois a saudade vem de braço dado com a nostalgia e vem também o recorte vazio da silhueta do teu corpo e também o vulto do teu olhar. Vêm-me igualmente as memórias, os risos, as conversas e as partilhas. Vem a forte amizade que se gerou de repente mal nos conhecemos, a ternura e o carinho. Tudo isso existiu e tudo isso continua a existir, mas assim, a esta distância fria separada pelo tempo agreste que nos mantém afastados. Mas esta foi a nossa única hipótese de nos mantermos amigos, esta foi a única maneira de nos mantermos eternamente fiéis, com dantes, como no início. Tu sabes, eu sei que sim, que, apesar de tudo, gosto muito de ti e que esse sentimento vai continuar. Um dia, espero que ele chegue um dia, vou poder abraçar-te e tu a mim. Reencontrar-nos-emos como se fosse a primeira vez. O ciclo repetir-se-á. Não espero por esse dia. Quando ele nascer ambos saberemos que chegou o primeiro dia da nossa vida...
sábado, junho 08, 2013
Revisited #1
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Já te disse isto hoje? E ontem, contei-te? Perco-me na minha própria repetibilidade sistemática, onde procuro arranjar maneira de te contar ...
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Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pe...