quarta-feira, novembro 27, 2013

Regresso

Se eu deixar de existir, lembra-te de mim. Faz-me voltar a ser no teu coração em forma de recordação ténue, aquecida pela esperança incansável que não desiste. Recorda-me com carinho, faz-me viver de novo em ti. Talvez, se me recordares o suficiente e com pujante alegria, eu surja de novo, eu volte a ser matéria viva que se alimenta de ti, do teu amor, dos teus beijos, da tua pele...de tudo o que tu és. Quiçá, assim, eu ressuscite para ti. Peço-te, em jeito de segredo encostado ao ouvido: faz-me viver de novo!

Quote #4


" Só gostamos de uma mulher quando gostamos do seu cheiro. Quando tudo nos leva a bebê-la, como um chá quente, excitante, aromático. Se não gostarmos do seu cheiro não conseguimos ama-la, nem na pele nem na alma. Podemos ser amigos, companheiros, nunca amantes. Amar é beber um cheiro. É transportá-lo para dentro de nós. "

(João Morgado, Diário dos Infiéis)

terça-feira, novembro 26, 2013

Quote #3

"- Vens-me buscar?
 - Vou. Mas onde?
 - Tanto faz, desde que me venhas buscar. "

(Pedro Paixão)

segunda-feira, novembro 25, 2013

Quero-te

Querer-te é muito mais do que uma palavra que vem de mim. É muito mais do que um verbo conjugado no singular e no presente, e com desejos de futuro. Querer-te é quereres-me também. Querer-te é plural. Querer-te é, pois, queremos-nos um ao outro, mutuamente, em conjunto. Querer-te és tu, se me quereres for eu. Querermo-nos é sermos nós!

Se não me queres, eu não te quero também...
Se me queres, eu sou teu...

Quote #2


" Quando só há duas pessoas no mundo ainda não existe o amor. O amor é demasiado exigente. O amor faz com que pareça que só existem duas pessoas no mundo, tu e eu e mais ninguém, o que é muito diferente. "

(Pedro Paixão)

segunda-feira, novembro 18, 2013

Quote #1

" Parto de ti, viajo nos teus caminhos, corro e perco-me e desencontro-me no enredo de ti, nasço, morro, parto de ti, viajo no escuro que deixaste e chego, finalmente, a ti. "

(José Luís Peixoto, Morreste-me)

Dia 7

E uma semana passou. E um ciclo se fechou. Abrir-se-á outro? Depende de ti, está em tua função a construção de um novo caminho comum. Tudo agora se transformará, como sempre. Uma semana em semanas, semanas em meses, meses em anos e anos numa vida. Assim passa o tempo sem nos apercebermos, assim se desvaloriza aquilo que de mais valioso temos. Assim entram em decadência os impérios. Um instante é mais do que suficiente para se perder a hegemonia. No entanto, não sendo imperador de nada, apenas servo, já fiz a minha parte. Mais: continuo a fazê-la. Estou tranquilo. Percorreremos lado-a-lado esse caminho que hás-de construir? Ou um à frente do outro? Decide tu. Eu sou teu agora, amanhã não sei...



domingo, novembro 17, 2013

Dia 6

Não, hoje ainda é o sexto dia...continuo a recordar-te com a ternura que merece a tua memória. A projectar-te num futuro próximo juntamente comigo, algures, de alguma forma, por alguma razão que nos é alheia mas que é do conhecimento da razão do destino. É assim que ainda te vejo, é assim que ainda te quero, a meu lado, comigo sempre.

sábado, novembro 16, 2013

Dia 5

Que mais dizer quando apenas o que sobra são sentimentos indescritíveis? Que escrever quando as palavras falham em redor do que é a sua função de descrever a realidade? O que fazer quando apenas me apetece abraçar-te e beijar-te e olhar-te nos olhos e falar-te com eles e dizer-te que gosto muito de ti?

sexta-feira, novembro 15, 2013

Dia 4

Acordo para a vazio preenchido pela tua ausência pesada que carrega com força no colchão que partilhámos. Acordo para essa ternura afastada pelos lençóis que, ainda mornos, cheiram a ti. Um sopro de loucura perdida que se incendeia com um raio de sol que escapa pelo estore mal fechado, relembra-me que mais uma noite se escapou sem te ver. Ainda sinto os teus restos espalhados por toda a cama, os lençóis ainda desenham as curvas do teu corpo através de vincos e aromas perfumados que se alastram até à minha pele e a invadem com desejo ingénuo de ter aqui, neste preciso momento e naquele ínfimo instante que acabou de passar, ainda agora.  Resta-me apenas uma projecção cruel de ti, uma imagem que não te faz jus, porque é impossível que qualquer tua imagem faça justiça ao teu tão essencial e puro ser que vive dentro de ti; melhor, que és tu! Aqueço-me no calor que sobra do rastilho da tua partida apressada. Aqueço ainda a esperança de me voltar a queimar na chama da paixão e de soprar as brasas em que fica o meu corpo com a brisa do teu amor...

quinta-feira, novembro 14, 2013

Dia 3

Ainda sinto os vincos suaves que o teu corpo deixou no meu. Ainda sinto o doce aroma da tua respiração acelerada nos momentos em que me beijavas com desejo ofegante.  Ainda perduram estas memórias e sentimentos que parecem longínquos no tempo subjectivo. Agarro-me a eles. Tento fazer deles os prisioneiros absurdos e, sem piedade, faço deles meus escravos eternizados. Chicoteio-os com a trela da saudade, obrigando-os a fazerem-me sentir o mesmo que sentia quando estava contigo. Contudo, por mais que os obrigue, nada se comparará, jamais, a ti, à fonte da beleza essencial e da maravilha. Nem com a nostalgia nem com a recordação intencional e consciente, consigo simular tudo o que senti sempre que estivemos juntos. Não me interessa sentir por recordação, mas antes sentir-te pela presença física do teu corpo nas minhas mãos e dos teus lábios demolhados nos meus. Sim, é isto que ainda quero...

quarta-feira, novembro 13, 2013

Dia 2

Quando descobrires um caminho, percorre-o sem medo. E se este te levar até mim, avisa-me com antecedência que estás a caminho, não vá eu não estar presente para te receber e abraçar...

terça-feira, novembro 12, 2013

Dia 1

Vejo-te agora de longe pela objectiva da memória em carne viva. Foco o teu rosto e o teu cheiro com a precisão da saudade que me aflige. Surges-me como és, linda como sempre foste. Esta é a tua essência primal que me eleva os sentidos excitados. É isto que procuro todos os momentos da tua ausência infinita. É isto que espero sentir de novo, um dia...

quarta-feira, novembro 06, 2013

Momento

Nesse momento infinito em que nos olhamos, observamos muito mais do que olhos de olhar. Vemos muito para além da carne brilhante que nos espelha o espírito. Em ti, vejo amor e com amor te vejo sempre que em ti penso. Porque olhar para ti é também pensar em ti e é querer-te para uma eternidade que se vai expandindo com o tempo, de forma ponderada e responsável. Em ti, na tua essência como pessoa, eu encontro paz e alegria. Encontro-me também a mim próprio e todos os meus desejos que, agora, em função de ti são desenhados. Em mim, encontro-te tal como tu és. Linda e magnifica, fantástica e extraordinária. Por vezes duvido que consiga abarcar tamanha grandiosidade, essa que de ti vem, essa que tu representas, que tu és. Mas aceito o desafio: desejo-te agora e quero desejar-te para sempre. Arrisco essa proeza que só compreensível se vinda de um tonto como eu. Não me custa tentar. Que tenho a perder? Sem ti, não tenho mais nada e não te tendo, nada mais tenho a perder. Humilde, parto nesta aventura esperançado de te encontrar à minha espera...Estou quase a chegar...só espero por esse momento em que estou aí.


UJ ITMG

Revisited #1

  Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...