Contudo, te digo que te amo, afinal, para além dos céus e das montanhas, como um pássaro que ama o vazio do ar por onde voa sonhando, livre dos sistemas impostos, dos preconceitos e dos dogmas. É assim que te quero, incondicionalmente livre para me amares também, para podermos voar juntos, passear por entre esses céus e essas montanhas prometidas, sem olhar para trás, sem medos, mas também sem preocupação com o que há-de vir. Percebes agora porque te quero tanto? E percebes agora porque é que, ainda hoje, não te apartei do meu coração?
sexta-feira, janeiro 31, 2014
terça-feira, janeiro 21, 2014
Coragem
Por via das dúvidas, retoco-te os lábios com um suave beijo ao de leve que afugenta a cobardice de não te beijar por timidez. Toco-te na face para saber se és real. És deveras real, verdade absoluta; tautologia até. És veracidade que se repete em mim, axioma que se espelha e projecta pelos recantos fracamente lógicos da minha razão. Abraço-te o aroma do corpo abrasado pelo desejo rejeitado que evitas a todo o custo. E eu também, mereces que te confesse. Quero sentir-te. E agora, aqui perto de ti, encho-me de coragem, fixo-me no teu olhar profundo e segredo-te que gosto de ti. E gosto mesmo...
Quote #11
" Não me perguntes,
porque nada sei
Da vida,
Nem do amor,
Nem de Deus,
Nem da morte.
Vivo,
Amo,
Acredito sem crer,
E morro, antecipadamente
Ressuscitando.
O resto são palavras
Que decorei
De tanto as ouvir.
E a palavra
É o orgulho do silêncio envergonhado.
Num tempo de ponteiros, agendado,
Sem nada perguntar,
Vê, sem tempo, o que vês
Acontecer.
E na minha mudez
Aprende a adivinhar
O que de mim não possas entender. "
(Miguel Torga)
porque nada sei
Da vida,
Nem do amor,
Nem de Deus,
Nem da morte.
Vivo,
Amo,
Acredito sem crer,
E morro, antecipadamente
Ressuscitando.
O resto são palavras
Que decorei
De tanto as ouvir.
E a palavra
É o orgulho do silêncio envergonhado.
Num tempo de ponteiros, agendado,
Sem nada perguntar,
Vê, sem tempo, o que vês
Acontecer.
E na minha mudez
Aprende a adivinhar
O que de mim não possas entender. "
(Miguel Torga)
domingo, janeiro 12, 2014
sexta-feira, janeiro 10, 2014
Espero
Quero-te quando me quiseres. Espero por ti, cá fora, ao relento e despido do teu amor. Todavia, se voltares e me aconchegares de novo com o teu carinho, voltarei para ti, agradecer-te-ei por me aqueceres de novo...
domingo, janeiro 05, 2014
Quote #10
" Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! "
(Miguel Esteves Cardoso, 'Último Volume')
sexta-feira, janeiro 03, 2014
Quote #9
" Amei-te com as palavras
com o verde ramo das palavras
e a pomba assustada do coração.
Amei-te com os olhos
o espelho doido dos olhos
e a sede inextinguível da boca.
Amei-te com a pele
as pernas e os pés
e todos os gritos que trago
por debaixo da roupa.
Amei-te com as mãos
As mesmas com que te digo adeus. "
(Rosa Lobato de Faria)
com o verde ramo das palavras
e a pomba assustada do coração.
Amei-te com os olhos
o espelho doido dos olhos
e a sede inextinguível da boca.
Amei-te com a pele
as pernas e os pés
e todos os gritos que trago
por debaixo da roupa.
Amei-te com as mãos
As mesmas com que te digo adeus. "
(Rosa Lobato de Faria)
Revisited #1
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Já te disse isto hoje? E ontem, contei-te? Perco-me na minha própria repetibilidade sistemática, onde procuro arranjar maneira de te contar ...
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Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pe...