quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Entretanto

E é nesse breve entretanto entre o nada e a saudade que te procuro com a cegues do tacto mal treinado. Apalpo a tua forma nas coisas, tentando reconhecer os teus padrões curvilíneos nos objectos que desconheço. Por momentos, uma esperança encantada surge do meio da escuridão. Não a deixo escapar, agarro-a com força. Com ela faço um desenho de luz. Sigo os contornos sossegados da tua silhueta que ainda recordo com paixão. És, agora, e mais do que nunca, aquela ilusória constelação que ilumina a vontade e dá forma ao desconhecido. Porque pior do que desconhecer é não saber o que se desconhece. Assim, conhecendo o que não sei, acredito no que não vejo e confio em ti. Apalpo o futuro contigo, com o toque da incansável esperança que é, dizem, sempre a última a morrer...


Revisited #1

  Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...