Enfim,
amo-te de qualquer forma e feitio,
com todas as sílabas e outras
combinações de hífenes
entre as letras desse tempo verbal
do singular pessoal, do íntimo,
do verbo amar.
Et-oma de trás para a frente,
e até de forma estranha.
Entranha, carrega a fundo
na paixão, na aventura
da escuridão do desconhecido
do mistério da esperança.
M-taoe de forma aleatória.
Ao calhas, desordenadamente,
sem pés, mas com cabeça
no ar, nas nuvens,
sem gravidade!
Nas calmas,
sim, amo-te nas calma,
numa boa.
Estou relaxado,
temos tempo.
E agora chove,
não chores, sorri,
chora de alegria.
Dá-lhe com força, no chorar alegre,
que só tu sabes dar e só tu
o fazes com delicada destreza.
Olha que giro:
A
m
o
|
t
e
na vertical até!
Deixa-me olhar-te agora:
És-me linda.
Não,
deixemo-nos de brincadeiras,
de exageros inúteis,
fúteis, voláteis,
pouco plausíveis!
Agora a sério,
arrisco,
enfrento,
encaro.
Ouso o seguinte dizer-te:
Gosto de ti.
Atreves-te?
Eu sim...