Perguntei-me por ti, mas não te encontrei. Perdi-te algures dentro do corpo que partilhei contigo, esse mesmo que foi teu também durante o silêncio de dois olhares apaixonados. Dois? Ou apenas o meu? Fica a dúvida, também ela perdida no mistério desse algo subtil que nos uniu por breves instantes. Sim, breves, mas intensos, pequenas detonações de amor virgem, inexperiente, novato e pouco consciente da força da ilusão que imita a realidade quase na perfeição sorrateira. Estiveste realmente comigo nesses momentos de partilha em que me ofereci de olhos fechados? Fica a dúvida para posterior reflexão!
Não resta dúvida, porém, naquilo que te digo agora: amei-te com os sentimentos senis do louco em que, num ápice, me transformei quando te conheci; E tu? Tu amaste-me somente com o teu olhar cônscio e de literal modo, num piscar olhos, deixaste escapar o prematuro sentimento que juntos semeámos à pressa, adubado com beijos de sonhos, nesses tais momentos de volátil ternura.
E agora, que mais?
Fica a dúvida de um futuro imperfeito que deambula no pretérito condicional às palavras que segredámos um ao outro. Mas do que valem as palavras se não sucedidas por acções que lhe façam jus? De que valem as promessas incumpridas, abandonadas ao Deus-dará?
Estas são, assim, as minhas questões, as minhas dúvidas, eu sei lá...
Não resta dúvida, porém, naquilo que te digo agora: amei-te com os sentimentos senis do louco em que, num ápice, me transformei quando te conheci; E tu? Tu amaste-me somente com o teu olhar cônscio e de literal modo, num piscar olhos, deixaste escapar o prematuro sentimento que juntos semeámos à pressa, adubado com beijos de sonhos, nesses tais momentos de volátil ternura.
E agora, que mais?
Fica a dúvida de um futuro imperfeito que deambula no pretérito condicional às palavras que segredámos um ao outro. Mas do que valem as palavras se não sucedidas por acções que lhe façam jus? De que valem as promessas incumpridas, abandonadas ao Deus-dará?
Estas são, assim, as minhas questões, as minhas dúvidas, eu sei lá...