terça-feira, março 04, 2014

Olarila

Ora aí está a verdade. Lá está ela marota, à coca, a espreitar pelo buraco da mentira e da omissão. Um olhito para cada racha coscuvilheira. Olhai como ela fita, com finta, para a realidade ofuscada e brincalhona. E tão atenta que ela está, a ver tudo passar e todos os palhaços que nela desfilam, todos contentes aqueles parvos iludidos, fazendo pouco de uma realidade aparente. Mas no meio destes parvos, há um que acorda e que por mero acaso sou eu. Acordei para a realidade nua e crua, sem capotes mentidos, nem truques de magia ou ilusões baratas. Apanhei-te verdade! E que bem nos damos nós. Não te julgo, não te martirizo mais, aceito-te com a dignidade que se deve aceitar qualquer verdade que, tal como tu, vivia oprimida e sem voz. A culpa não era tua, oh verdade, mas de quem te encobria. Anda cá, dá-me um abraço. Ui que bem que ele sabe. Quentinho e muito fofinho. Mas que rico abraço que me estás a dar, oh verdade!...

Revisited #1

  Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...