terça-feira, fevereiro 05, 2013
Competição I
Elegante. A minha teoria confirma-se. Não sou o único a olhar-te, nunca serei, jamais usufruirei dessa exclusividade encantadora que só em sonhos consigo alcançar. De volta à realidade, não estou sozinho. A concorrência aperta com a competição matreira a fitar-me a destreza evolutiva de ser mais, de ser melhor, de ser tudo para ti. Mas como ser isso tudo, o que é ser isso tudo? Tu defines as regras e os limites para as tuas exigências e caprichos. Nós ajoelhamos-nos perante a tua vontade. O jogo está criado e já começou. Está aberto o espectáculo aos gladiadores cegos pela paixão que afunila em ti, no antiteatro da tua atenção despreocupada e arrogante. A sentença está determinada. Só um sairá vencedor, só um sobreviverá, só a um tu irás apontar o dedo e vociferar 'tenho estado à tua espera'. Com isto realizo que, para ti, não me distingo dos demais, sou igual a tantos outros que aparecerem antes e surgirão depois de mim. Não sou especial, não constituo uma irregularidade nessa uniformidade que é esta arena de combatentes suados e exaustos. A única forma de me discriminar é vencer e, assim, ganhar o pódio da tua atenção e levantar o troféu do teu amor exclusivo. É isso que pretendo. É por isso que vou lutar?
Revisited #1
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Já te disse isto hoje? E ontem, contei-te? Perco-me na minha própria repetibilidade sistemática, onde procuro arranjar maneira de te contar ...
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Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pe...