Sentado envolto de escuridão natural, distraio-me olhando para o céu distante e meto conversa com o Universo. Ele, entusiasmadíssimo, começa a contar-me da sua imensidão, da origem do tempo e do espaço, das galáxias que o povoam, da energia cósmica que o faz andar, dos planetas que lhe dão textura, das estrelas que o adornam, dos cometas que o divertem, ui! De tanta coisa mais, que nem imaginas. Quando chegou a minha vez no diálogo entre o mortal e existência física absoluta, falei-lhe de ti e ele sentiu-se pequeno e humilde. Tão humildemente pequeno como tão encantado que pediu que lhe falasse mais de ti. Aceitei, mas expliquei-lhe que não o conseguiria fazer numa só noite; que precisava de muitas noites e talvez nem essas bastassem - Talvez tantas quantas as estrelas de que tanto te orgulhas - disse-lhe. Confuso perguntou-me por que razão assim era. Respondi-lhe - Eu não sou infinito como tu!
domingo, agosto 17, 2014
Revisited #1
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Já te disse isto hoje? E ontem, contei-te? Perco-me na minha própria repetibilidade sistemática, onde procuro arranjar maneira de te contar ...
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Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pe...