domingo, agosto 17, 2014

Conversas

Sentado envolto de escuridão natural, distraio-me olhando para o céu distante e meto conversa com o Universo. Ele, entusiasmadíssimo, começa a contar-me da sua imensidão, da origem do tempo e do espaço, das galáxias que o povoam, da energia cósmica que o faz andar, dos planetas que lhe dão textura, das estrelas que o adornam, dos cometas que o divertem, ui! De tanta coisa mais, que nem imaginas. Quando chegou a minha vez no diálogo entre o mortal e existência física absoluta, falei-lhe de ti e ele sentiu-se pequeno e humilde. Tão humildemente pequeno como tão encantado que pediu que lhe falasse mais de ti. Aceitei, mas expliquei-lhe que não o conseguiria fazer numa só noite; que precisava de muitas noites e talvez nem essas bastassem - Talvez tantas quantas as estrelas de que tanto te orgulhas - disse-lhe. Confuso perguntou-me por que razão assim era. Respondi-lhe - Eu não sou infinito como tu!

Aleatory #5

Ainda cá estou, como sempre nunca deixei de estar, no mesmo lugar, esse que ambos explorámos sozinhos. A que horas lá?