Se encontrar-te nesta efémera eternidade é olhar-te à suave distância de uma recordação longínqua, desejo reencontra-te de novo; mas que seja como da primeira vez, com aquela novidade infantil que é inata à novidade sorrateira. Procuro-te, desalmado, em todos os recantos onde te projecto e me iludo. Corro até ti, mas nada mais és que uma miragem encantadora. Não és tu a ilusão, mas antes a ilusão ansiosa que criei de ti. Para quê elaborar-te em pensamentos se és real, se existes? Para quê fiar-me em cópias ridículas de ti e de tudo o que te pertence? Quero-te, sim, claro que sim, quero-te bem! Quero cuidar de ti, sempre que puder, dentro do espaço confinado das minhas possibilidades e permissões. Não te esqueço, nunca, nem mesmo durante as ausências cegas e os silêncios agudos que me queimam o coração em lume brando. Agora, nada mais do que tu. Só tu...
terça-feira, agosto 05, 2014
Revisited #1
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Já te disse isto hoje? E ontem, contei-te? Perco-me na minha própria repetibilidade sistemática, onde procuro arranjar maneira de te contar ...
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Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pe...