quarta-feira, janeiro 16, 2013
Tu
Neste espaço silencioso que nos separa, procuro, já encantado, o teu olhar sorrateiro. Sinto-me inseguro. Tremo de arrepios. Por momentos, nessa esperança veloz de nos cruzarmos nesse mundo de luz e cor, assusto-me quando não te encontro. Receio que não me procures mais, que te canses da minha dependência doentia de te ver, dessa minha necessidade de te sentir à distância encurtada pelo sentimento invisível, esse novato sem experiência que insiste em se destacar. De repente, apanho-te fixada em mim. Há quanto tempo me olhavas? Coro de vergonha, mas resisto. Combato o vermelhão da face retribuindo-te o olhar. Miro-te também. És linda! Tudo à volta desaparece. Os sons, as vozes, o mundo exterior a nós desaparece num ápice. O tempo dilui-se na efervescência animada de uma eternidade infantil, partilhada por duas crianças que ainda não sabem falar. Falo-te tanto com os meus olhos. Compreendes o que te quero dizer? Compreendes que é essa curiosa inspiração que vem de ti que me faz criar, sentir e desejar mais? É isto que te digo sempre que o meu olhar se encontra com o teu...
Revisited #1
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
-
Já te disse isto hoje? E ontem, contei-te? Perco-me na minha própria repetibilidade sistemática, onde procuro arranjar maneira de te contar ...
-
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
-
Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pe...