Sei que estás aí. Sei que te escondes por de trás da invisibilidade do teu silêncio propositado. É tudo técnica macabra para me manteres afastado, mantendo, porém, teu o controlo sobre mim. Espias-me aí do alto do teu brilhante pedestal que reflecte o teu orgulho, mirando-me através da minha fragilidade que sabes que existe, tu. Sabes que sem ti, e sem o pensamento em ti, eu seria um ser autónomo e eterno, contigo mortalizo-me em carne corruptível e sentimentos escravos da teimosia dos teus caprichos. Peço-te que me deixes ser o deus que eu era antes de te conhecer. Deixa-me voltar à minha anterior vida de egoísmo, eternidade e solidão. Não quero mais sentir esta necessidade de te ter, abraçada com a incapacidade de te ter...Porque me obrigas a olhar-te, porque insistes em espelhar esse teu feitiço contra mim, encandeando-me de sentimentos, emoções, desejos eternamente insatisfeitos, vontades imemorialmente repreendidas pela natureza irremediável da situação em que me colocaste? Adeus. Estou a caminho. Volto-te as costas e volto a tentar, mais uma vez, estar longe de ti...
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Revisited #1
Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Já te disse isto hoje? E ontem, contei-te? Perco-me na minha própria repetibilidade sistemática, onde procuro arranjar maneira de te contar ...
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Não te vi mais, mas sinto-te todos os dias no alto-relevo da tatuagem que esculpiste em mim. Não há dor nem cor. Há-te. Tu hás em mim em f...
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Pergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pe...